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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Da janela...

O que está fazendo aí do lado de fora, no chão? Levante-se, entre! Anda, vem logo.
Deixa eu te contar, não repare na bagunça. Encante-se com ela.
Xiiu.. não precisa achar nada, aqui não tem nada pra achar, mas curta. Aproveite.
Não se desespere, não chore. Tá bagunçado, eu sei. Mas venha aqui, olhe a janela... Tá vendo aquele pássaro? Quantas vezes acha que caiu até chegar às alturas?  Às vezes, para conseguirmos olhar de cima, precisamos ter experimentado o chão.  Levante-se , entre, encante-se, aproveite...VOE.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sonhar. Som. Ar.

Lá no fundo da alma de quem ama, há sonhos. Por mais que haja desilusão, ainda restam sonhos. Talvez eles sejam acompanhados de lágrimas, mas nunca só delas. Eles trazem consigo a leveza ao nosso corpo, ainda que durem só alguns minutos. Iluminam o horizonte que se apagou diante dos nossos olhos, ecoam a voz doce do nosso coração, renovam o sabor do beijo e nos enfestam com um aroma suave de esperança. Despertam nossas lembranças e nos dão um tapa nas costas, gritando: acorda, você é livre até para sonhar, e não pra sonhar.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Transcedente imaginarium real.


E se eu for amanhã? Se transcender quando menos esperar? Vou estar feliz . Não que eu não queira mais, eu quero muito mais, mas quero mais em qualquer lugar, qualquer dimensão.  Irei olhando para trás, satisfeita. Feliz pela vida construída, pelos sonhos conquistados, os momentos bem vividos, os amigos que amei,  a família que me acolheu, os primos com quem brinquei, os amores bem vividos, os amores  que vieram a se tornar engraçado de lembrar. Vou olhar pra trás de uma forma tão longa, que vou ficar exausta ao final. Mas vou ficar docemente exausta, como se fica após uma gargalhada de perder o fôlego. Nada me abalará, estarei deitada nas nuvens, olhando os campos pela janela da alma, com uma moldura de borboletas coloridas num cavalete de arco-íris.  Vou conseguir derrubar todas as barreiras entre aqui e o além. Eu estarei lá, mas não vou deixar estar aqui.  Vou ter companhia lá, mas vocês não estarão sós aqui, ainda que falte um pouco de matéria.  Mas o que é matéria diante do sentimento?


"Eu tenho a eternidade aqui comigo." - Eu vejo assim.*

segunda-feira, 11 de julho de 2011

"E-meio"

Aqui não há meia porta, nem meia entrada, nem meia saída. Eu também queria que houvesse. Mas eu não sei ser 'meio termo', nem ter 'meia vontade', nem 'meia verdade', nem 'meio medo'. Eu não sei 'meio gostar, 'meio não gostar', nem 'meio me entregar'. Não procuro minha metade, não te quero como minha metade, eu não tenho 'meio eu', tudo aqui é inteiro seu. Seja inteiro. Inteiro, ainda que só dure meia noite..

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tranquilidade.

Ultimamente venho sendo contaminada por uma paz espiritual que há muito tempo eu não tinha. Aah, que essa tranquilidade me domine por inteira, não saia nunca de mim e seja contagiosa para que eu possa passar para outras pessoas. Motivo? Exatamente, eu não sei. Mas estou mais confiante diante dos fatos, o que não significa que eu vá me frustrar. Estou apenas segura, entregando tudo nas mãos de Deus e confiando nele, o que vier será bem-vindo e o que não vier, certamente haverá outras buscas, independente de quais sejam. Geralmente sou sempre tão ansiosa, tão inquieta... logo, quando me sinto relaxada, certamente é uma das melhores sensações do mundo. Bom, é isso.

- Deixe estar, e que for pra ser, vigora.

Essa frase é uma das mais sábias, sempre bom usá-la em todas circunstâncias da vida. Quase um mantra. hahaha.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Certas coisas não estão na bula.

Eu não sei como começar, pra falar a verdade. Sei que até então, eu era a pessoa mais animada com a possível aprovação na universidade. Não, eu não desanimei, quer dizer, eu desanimei sim, mas não com a faculdade, nem com a possível aprovação. Na verdade, eu nem sei porque eu desanimei, quer dizer, eu até o sei o porquê, mas pensei que já tivesse estável e bem o suficiente para não ter mais essas recaídas emocionais.
Eu tinha certeza de que eu era a pessoa mais segura do mundo em relação à isso. Felicidade é busca, é uma batalha constante. Mas nem sempre você tem forças suficentes pra conquistar a vitória. É muito estranho, se sentir bem, e depois tudo mudar dentro de você, em segundos. Algo inexplicável vem à tona e  te alimenta de sonhos frustrados, te deixa sensível à todas músicas que você escuta, e tudo se transforma em motivo pra se comparar àquilo que não era nem pra estar sendo lembrado. E até um filme clichê sobre adolescente faz você pensar em você, na sua composição, no que você passa ou no que você passou.
Enfim, vai passar, como já passou tantas outras vezes que isso aconteceu. Foi só um desabafo mesmo.


"Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia

(...) Sei que às vezes uso palavras repetidas
mas quais as palavras que nunca são ditas?"

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Insensatez.

Ultimamente andei me ligando em alguns assuntos, um deles falava da "falta" de bom senso das novelas e programações modernas. Umas senhoras comentavam que as novelas estavam muito imorais, e que uma delas proibia seus filhos de assistirem porque estava tudo uma sacanagem só. Mas, parando para analisar, seria um pouco de hipocrisia  e ignorância por parte das tais senhoras (que me perdoem a intromissão). Há tanto para se preocupar do que ficar "poupando" seu filho da "postura mundana", de nada adiantará, ele vai conhecer isso tão de perto quando menos se esperar. Poxa, há tanta coisa mais séria para julgar!  Será mesmo que  a sacanagem  está na cama e nos casais homossexuais exibidos no horário nobre da TV? Ou a sacanagem está no nosso descaso com os aidéticos e miseráveis da África, que exibem seu sofrimento 24 horas por dia, sem intervalo e sem audiência alguma? A pouca vergonha não se encontra na personagem prostituta da novela das 21h, mas naqueles que prostituem os inocentes, os ingênuos, pois  não conseguem por nada à frente do seu bem estar. O desaforo não está no "baseado" entre os dedos de quem usa as mãos de maneira honesta. O desaforo se encontra na boca de quem só usa língua para julgar. O moralismo é vaidoso ao extremo e enaltecedor do seu próprio ego, só valoriza as imagens, só consegue ver  os "tabus" e  os  "hereges". Mas o “tabu”e  a censura  estão nas imagens erradas.  Há muito mais para se inquietar do que com os capítulos e personagens de uma ficção.  Caso contrário, tire as crianças da sala e mostre-as a realidade.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Aurora.

Há tempos que eu queria criar um lugar onde pudesse escrever tudo aquilo que me convém, mas confesso que faltava disposição e coragem.
Vou justificando o porquê do nome do blog. Na verdade, era para ter o nome de "Solar" devido a uma música do Milton Nascimento, porém estava indisponível, então decidi colocar uma frase da tal música, que se encontra no trecho "somos crianças ao sol a aprender, viver e sonhar. E sonho é belo, pois tudo ainda faremos, nada está no lugar", o que eu, particularmente, concordo. Na verdade, eu concordo com a música inteira, mas esse trecho, em especial, chama mais a minha atenção.
Vou publicar aqui os meus pensamentos, coisas que talvez nem façam tanto sentido, mas a necessidade de "cuspir" as palavras que atordoam minha consciência e meu cerébro às vezes é tão grande que eu tenho que soltá-las de alguma maneira, mesmo que para isso elas fiquem embaralhadas. Portanto, desconsiderem o que talvez não tenha acepção alguma.
Ah! Outra observação, eu estou aqui me comunicando com leitor, se é que tem algum. Mas a verdadeira intenção da criação desse blog é um desabafo. Claro que é sempre bom partilhar, melhor ainda quando quando alguém aprecia nossas opiniões, declarações e afins. O que era pra ser um blog, talvez vire um diário, não secreto, mas um diário. E vice-versa.

Solar - Milton Nascimento:

Venho do sol
a vida inteira no sol
sou filho da terra do sol
hoje escuro
o meu futuro é luz e calor
De um novo mundo eu sou
e o mundo novo será mais claro
mas é no velho que eu procuro
o jeito mais sábio de usar
a força que o sol me dá
Canto o que eu quero viver
é o sol
somos crianças ao sol
a aprender a viver e sonhar
e o sonho é belo
pois tudo ainda faremos
nada está no lugar
tudo está por pensar
tudo está por criar
Saí de casa para ver
outro mundo, conheci
fiz mil amigos na cidade de lá
amigo é o melhor lugar
mas me lembrei do
nosso inverno azul
Eu quero é viver o sol
é triste ter pouco sol
é triste não ter o azul todo dia
a nos alegrar
nossa energia solar
irá nos iluminar